Danilo Santos As Crônicas de um Piloto

Crônicas de Danilo Formula 1

As Crônicas de um Piloto

Capítulo 16 - Uma Segunda Chance?

Mesmo que aparentemente o relacionamento entre Pérdula e Dolo parecia ir tudo muito bem, muitas discussões entre o casal abalavam tal relacionamento.

Dolo passou a desconfiar até mesmo da sombra de Pérdula e, vez após vez, quando se falavam, ele perguntava com quem ela estava. O ciúme corrompia cada vez mais o namoro.

Sucedeu que, certo dia, Pérdula chegava em sua casa depois de um dia de trabalho e, certa vizinha, ao vê-la, chamou para conversar:

(Vizinha) – Oi, Pérdula, tudo bem?

(Pérdula) – Tudo bem, e você?!

(Vizinha) – Eu estou bem, mas eu preciso conversar sobre um assunto com você, é algo muito sério...
Pérdula ficou muito apreensiva e disse:

(Pérdula) – Está bem, entra aqui, vamos conversar!

Ao entrarem na garagem, o dialogo se inicia:

(Vizinha) – Eu vi o Dolo outro dia, com uma menina daqui do bairro...

(Pérdula) – O Dolo??....

(Vizinha) - ...Sim! Pelo que eu vi, ele estava “dando em cima” dela...

Os olhos de Pérdula enchem-se de lágrimas....

(Pérdula) – Não pode ser!!

(Vizinha) – Sinto muito Pérdula. Já faz algum tempo que eles estão tendo um caso.

Pérdula fica sem palavras:

(Pérdula) – Mas, você tem certeza disso do que você está falando?

(Vizinha) – Sim! Algumas coisas eu vi e outras eu ouvi! Eu já sabia que você iria ficar chateada, ele até sabia que eu estava sabendo sobre esse assunto, mas ele me pediu para não contar nada a ninguém, muito menos à você! Mas eu não podia fazer isso com você Pérdula. Eu precisava falar. Lamento muito mesmo.
Pérdula imediatamente ficou abatida...

(Pérdula) – Muito obrigada por me dizer isso, mas não dá para acreditar no que estou ouvindo!!

(Vizinha) – Mas por favor! Não fala nada o que te falei, “ta”?

(Pérdula) – Não se preocupe!

(Vizinha) – Está bem, eu preciso ir! Tchau e até mais!

(Pérdula) – Muito obrigada, tudo bem, eu preciso ir descansar, eu estou muito cansada.

(Vizinha) – Eu entendo. Vai lá. Fica com Deus!

Formula 1 - As Crônicas de Um Piloto 2005 - Danilo Santos

Pérdula manteve isso em segredo. No dia seguinte, por volta das 20h, Dolo foi a casa de Pérdula e a chamou:

(Dolo) – Pérdulaaaa!!!!

Ele entra e ali mesmo na garagem, começam a conversar:

(Dolo) – Amor, como foi seu dia hoje?

(Pérdula) – Foi bem!

(Dolo) – Você está estranha, o que foi que aconteceu?

(Pérdula) – Nada não, eu estou apenas cansada!

Dolo tenta beijá-la. Mas ela não deixa.

(Dolo) – O que foi em?

(Pérdula) – Já falei! Não é nada!!

(Dolo) – Não é nada?! Sei não hein?!.... Você está muito estranha hoje. Com quem você esteve?

(Pérdula) – Ahh para vai. Não aguento mais essa pergunta!

(Dolo) – Não foi isso que perguntei, perguntei COM - QUEM - VO-CÊ - ES-TE-VE? Eu quero saber!!

(Pérdula) – Báhhh! Com ninguém!

(Dolo) Sei! E no ônibus, com quem você veio?

(Pérdula) – E você, com quem você esteve, posso saber?

(Dolo) – Ora, com ninguém!!

(Pérdula) – Seu mentiroso!! Eu sei de tudo, como você pode fazer isso comigo!

(Dolo) – Och, do que você está falando? Você deve estar ficando doida!! Hua! Há! Há! Há! Há!

(Pérdula) – Seu safado! Eu já sei de tudo!! Você ´tá´ ficando com a Priscila!

(Dolo) – Com a Priscila? Do que é que você está falando!?! Somos apenas amigos, mais nada!

(Pérdula) – Pare de mentir! Pare de mentir! Eu sei de tudo já!

(Dolo) – Como você soube disso?

(Pérdula) – Isso não te interessa! Como você pode fazer isso comigo Dolo?

Ela então começa a chorar e continua dizendo:

- Tantas coisas importantes eu sacrifiquei por você, por nós, e você me faz uma coisa dessa!!?! Seu mentiroso... Como pôde?!

(Dolo) – Eu já falei. Ela é só minha amiga, vem cá me dá um beijinho...

(Pérdula) – Sai... Sai daqui!! Não encosta em mim!!! Seu sem vergonha...

Ela consegue se soltar ao dar um empurrão nele. Muito irritado, Dolo dá uma bofetada no rosto de Pérdula. Pérdula por sua vez dá um forte grito e começa a chorar.

Imediatamente os pais dela saem para saber o que houve.

- Dolo me bateu!!! - Disse ela.

- O que??? - Gritou o pai dela.

- Vai embora daqui seu miserável! Agora! - Completou ele furioso.

Ele tenta se explicar mas não quer saber de explicações.

(Pérdula) – Nunca mais quero ver você!!!

Da rua, Dolo grita:

- Sua loucaaaa!!!!

Após a confusão barulhenta, Laly foi ver o que tinha acontecido e vê sua irmã chorando e vê a marca da bofetada, mas não diz nada.

Ternamente o pai dela a pega pela mão e diz:

– Vamos filha, vamos sair daqui. Vamos entrar!

Ao entrarem na sala, sua mãe pergunta:

- Está doendo muito?

(Pérdula) – Sim!

(Mãe) – Deixa-me ver isso....

(Mãe) – Só ficou umas marquinhas! Vem.... Vamos para cozinha para tomar água com açúcar, assim você se acalma um pouco! (Disse ela gentilmente)

Pérdula se acalmou mas não conseguia esconder a tristeza. Em prantos ela chorava muito.

Seus pais foram pacientes ao extremo e estavam dispostos a ouvi-la e assim foi por muitas horas a frente.

Mesmo no avançar da noite, sua mãe, mesmo com muito sono, ficou em sua companhia ainda por muitas horas. Contudo, ela tinha em mente que Pérdula precisava dormir e finalmente a deixa sozinha.

Em seu quarto, Pérdula continuava a chorar. Seu pranto parecia não ter fim. Contudo, aos poucos, seu choro silenciava até que por fim ela foi vencida totalmente pelo cansaço e então ela adormeceu.

Com o passar dos dias, aos poucos ela estava se recuperando. Mesmo tristonha e muito “aérea”, não chorava mais. Dolo tentava falar com Pérdula, contudo, seus pais a protegiam e não deixava ele nem sequer se aproximar. Este relacionamento que havia durado alguns anos e parecia que, pelo menos para ela, iria durar a vida inteira, chegou ao fim da forma mais dolorosa.

Neste meio tempo, ela se surpreendeu com a carta de Danilo que acabara de chegar.

Pérdula lerá esta carta? Como ela reagirá? Não perca o próximo episódio de As Crônicas de um Piloto.

(Contínua no próximo capítulo | Confira também a tabela do campeonato)

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