Renault F1 - Foto By Wikipedia
País sede da Fórmula 1

Renault

Renault F1 Team

Primeira Temporada 1977
Último Grande Prêmio GP de Abu Dhabi em 2020
Anos que permaneceu na Fórmula 1: 24 anos
Fundador(es) Louis Renault
Últimos Pilotos Daniel Ricciardo | Estevan Ocon
Melhor Classificação da Equipe no Campeonato 1


A história da Renault

A montadora Renault entrou como equipe de Fórmula 1 no fim da década de 70 mas saiu da categoria no logo no início dos anos 80.

Nos anos seguintes, a Renault passou a fornecer motores para a Benneton e Williams, conquistando muitos títulos.

A montadora decidiu retornar a Fórmula 1 após comprar toda a estrutura da Benetton e, reestrear como equipe em 2002.

A temporada de estreia, por ser a primeira, pode ter sido considerada muito boa para a nova equipe. Seus dois pilotos, Jarno Trulli e Jenson Button somaram pontos muito importantes fazendo com que a Renault encerrasse o ano num expressivo quarto lugar com 23 pontos.

Na temporada seguinte, Briatores voltou a causar polêmica ao dispensar Jenson Button para trazer o promissor jovem piloto Fernando Alonso para a dupla de pilotos.

Para Alonso e a equipe, a manobra de Briatore foi bem-sucedida pois no GP da Hungria o piloto conquistou sua primeira vitória da carreira, resultando também na primeira vitória da equipe.

A nova dupla de pilotos fez a equipe dar um salto e fechar a temporada em quarto, mas desta vez com 88 pontos.

Em 2004 Jarno Trulli venceu pela primeira vez no GP de Mônaco, acumulando para o time duas vitórias. Mesmo não vencendo nenhum Grande Prêmio, Alonso subiu ao pódio em algumas corridas, assim como Trulli e a constância de ambos os pilotos resultou na terceira colocação da Renault na tabela de construtores, com a marca histórica de 113 pontos.

A Era Alonso

No campeonato de 2005, Briatore descartou Trulli e o substituiu por Giancarlo Fisichella. O início da temporada indicava que Fisichella faria uma temporada muito forte, vencendo o GP de abertura, o da Austrália e sendo pole position no GP da Malásia.

Mas a preferência da equipe por Alonso logo ficou evidente e Fisichella foi caindo de rendimento, fazendo uma temporada um tanto discreta.

Alonso por outro lado fez uma temporada muito forte e sem Michael Schumacher em seu caminho, ele conquistou seu primeiro título de piloto e trouxe também o título de construtores para a Renault.

A temporada seguinte foi dominada por também por Fernando Alonso. Mesmo sem os amortecedores que fora proibidos posteriormente, Alonso se manteve forte, mas dessa vez Schumacher estava em sua última temporada, tornando a vida do piloto da Renault bem mais difícil. Mesmo assim, Alonso se tornou bicampeão do mundo na última etapa, no GP do Brasil.

Em 2007 Alonso havia migrado para a McLaren e desta vez Fisichella teria o caminho livre para mostrar todo seu talento. A equipe também apostou suas fichas no jovem Heikki Kovalainen, vice-campeão da GP2 em 2005.

Diferente dos anos anteriores, a Renault não mostrava ter um carro competitivo e Fisichella parecia estar desmotivado sendo até mesmo superado pelo estreante Kovalainen. Mesmo fechando o ano em terceiro na tabela de construtores, a Renault marcou apenas 55 pontos, apenas mais pontos que em sua estreia em 2002.

Com o desentendimento de Alonso na McLaren, Flavio Briatore o trouxe de volta. Kovalainen foi para a McLaren e Fisichella tentou a sorte na estreante Force India. Assim, a dupla de pilotos de 2008 seria de Fernando Alonso e de outro jovem promissor, filho de Nelson Piquet, Nelsinho ou Nelson Piquet Jr.

Por enquanto, assim como Schumacher foi o verdadeiro "combustivel" da Benetton entre 1992 a 1995, Fernando Alonso se mostrou o "combustível" da Renault.

Embora a equipe tenha terminado a temporada 3º colocação nos construtores, não conseguiu nenhuma vitória em 2007, ao contrário dos anos recentes.

Tanta promessa para poucos resultados. Essa foi o desempenho da equipe em 2008! Claro que não podemos esquecer que a equipe evoluiu muito da metade para o final da temporada. Piquet quase venceu no GP da Alemanha, após Hamilton ter lhe ultrapassado na parte final da corrida, terminando num louvável segundo lugar além das vitórias de Alonso nos GP´s de Cingapura e Japão.

Em 2009 a dupla de pilotos foi mantida, mas o desempenho dos carros foram inferiores aos de 2008. Alonso, por ter a preferência total, conseguia se manter no pelotão intermediário, mas Piquet Jr. lutava para manter o emprego, com um desempenho bem abaixo do esperado. Após diversas ameaças, Briatore demitiu Piquet Jr após o GP da Hungria. Seu substituto foi o famoso Romain Grosjean. Mas seu desempenho foi ainda pior que o de Piquet Jr.

Todavia, nem Nelson Piquet, nem Nelson Piquet Jr. deixou isso barato.

O Caso Cingapuragate

Durante a transmissão do Grande Prêmio da Bélgica, o comentarista Reginaldo Leme, da TV Globo, levantou uma acusação contra a Renault F1 e Flavio Briatore, revelada por Nelson Piquet Jr. e Nelson Piquet que mais tarde ficou conhecida por alguns como Cingapuragate.

Na temporada anterior, segundo Nelsinho Piquet, Briatore estava o pressionando demais, cobrando por resultados e o ameaçando ser demitido ao término da temporada, caso estes não aparecessem.

Por esta razão, de acordo com Nelsinho, ele decidiu aceitar fazer parte de um esquema que seria conhecido como o maior escândalo do automobilismo!

Após Alonso sofrer alguns imprevistos durante a Sessão de Classificação do GP de Cingapura, a equipe decidiu provocar uma entrada do carro de segurança durante a corrida. Após isso, no momento certo, Alonso faria uma parada nos boxes estratégica o que levaria rumo a vitória.

Nelsinho aceitou fazer parte do esquema, provocando um acidente no momento certo, num local estratégico do circuito. Em troca Piquet Jr. teria sua vaga garantida para a temporada de 2009.

Com muita pericia, Nelsinho bateu de propósito seu carro no muro, de modo que ninguém desconfiasse de nada. Isso realmente se deu. O caso apenas foi revelado após sua confissão no ano seguinte.

Todo o esquema foi muito bem-sucedido, visto que Alonso venceu aquela corrida, conforme citado acima.

Com o fim das investigações, Flavio Briatore e o engenheiro chefe da equipe foram demitidos. Alonso foi considerado inocente e Piquet escapou da punição por ajudar nas investigações.

Este incidente, obviamente, poderia manchar a credibilidade da montadora Renault, embora ela não estivesse envolvida no caso. Também preocupados com isso, a grande maioria dos patrocinadores abandonaram o time. Os rumores que a Renault deixaria a Fórmula 1 já em 2010 foram confirmadas.

Por questões contratuais, o nome Renault permaneceu no time até o fim de 2010. Após isso toda a estrutura foi vendida para o grupo que mais tarde foi conhecida como Lotus F1 Team. Em 2015 a fabricante comprou todas ações da Lotus e novamente a equipe voltou à F-1 com nome próprio.

A equipe Renault de F1 tem uma longa história na Fórmula 1, desde sua estreia como construtora em 1977 até sua transformação em Alpine em 2021. Neste texto, vamos destacar alguns fatos reais sobre a trajetória da equipe francesa entre 2015 e 2020, quando ela voltou a ser dona de sua própria equipe após comprar a Lotus.

Do Retorno ao fim definitivo da Renault

Em 2015, a Renault anunciou que iria encerrar sua parceria como fornecedora de motores para a Red Bull, que havia conquistado quatro títulos mundiais com os propulsores franceses entre 2010 e 2013.

A relação entre as duas partes se deteriorou após uma temporada difícil em 2014, quando a Mercedes dominou o campeonato com sua unidade de potência híbrida. A Renault decidiu então reassumir o controle da equipe Lotus, que estava em dificuldades financeiras e já havia sido propriedade da montadora entre 2002 e 2011.

A temporada de 2016 foi de transição para a Renault, que manteve os pilotos da Lotus, Jolyon Palmer e Kevin Magnussen, e terminou em nono lugar no campeonato de construtores, com apenas oito pontos.

A equipe investiu na contratação do experiente Nico Hulkenberg para 2017, ao lado de Palmer, e melhorou seu desempenho, subindo para sexto lugar na classificação, com 57 pontos.

Em 2018, a Renault fez outra mudança na dupla de pilotos, trazendo Carlos Sainz Jr. para substituir Palmer.

A equipe continuou sua ascensão, alcançando o quarto lugar no campeonato de construtores, com 122 pontos, e ficando atrás apenas das três equipes mais fortes: Mercedes, Ferrari e Red Bull.

Para 2019, a Renault apostou alto na contratação do australiano Daniel Ricciardo, que havia vencido sete corridas pela Red Bull. A expectativa era de que a equipe pudesse se aproximar das líderes e até mesmo desafiar o pódio.

No entanto, a temporada foi decepcionante para a Renault, que não conseguiu manter o ritmo de desenvolvimento e viu a McLaren, sua cliente de motores, superá-la na disputa pelo quarto lugar.

A Renault terminou em quinto, com 91 pontos, e teve como melhor resultado um quarto lugar de Ricciardo no GP da Itália.

Em 2020, a Renault enfrentou um novo desafio com a pandemia de Covid-19, que afetou o calendário e as finanças da Fórmula 1.

A equipe teve que se adaptar às novas regras e protocolos de segurança, além de lidar com a redução do teto orçamentário para as próximas temporadas.

Apesar das dificuldades, a Renault conseguiu evoluir seu carro e seu motor, e voltou ao pódio após nove anos.

Ricciardo foi o responsável por conquistar dois terceiros lugares, nos GPs de Eifel e Emilia Romagna, enquanto Esteban Ocon, que substituiu Hulkenberg em 2020, obteve um segundo lugar no GP de Sakhir. A Renault terminou em quinto lugar novamente, mas com 181 pontos, bem mais próxima da McLaren e da Racing Point.

A temporada de 2020 marcou também o fim de uma era para a Renault na Fórmula 1. A montadora decidiu mudar o nome e a identidade da equipe para 2021, passando a se chamar Alpine F1 Team.

A mudança faz parte de uma reestruturação do grupo Renault, que quer promover sua marca de carros esportivos.

Além disso, a equipe anunciou o retorno do bicampeão mundial Fernando Alonso, que já havia corrido pela Renault entre 2003 e 2006 e entre 2008 e 2009, conquistando seus dois títulos em 2005 e 2006. O espanhol vai formar dupla com Ocon em 2021, enquanto Ricciardo se transferiu para a McLaren.

A Alpine F1 Team vai manter o motor Renault em seus carros, mas vai enfrentar uma forte concorrência das outras equipes, que também se reforçaram para 2021. O objetivo da equipe francesa é continuar sua trajetória de crescimento e se consolidar como uma das protagonistas da Fórmula 1.

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 1977 - by Flickr

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 1980 - by mclarenf-1.com

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 1982 - by Flickr Thomas Bersy

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 1983 - by Flickr - Michal Switala

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 1984 - by bp.blogspot.com

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 1985 - by bp.blogspot.com

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2002 - by ultimatecarpage.com

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2003 - by www.grandprix.com

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2004 - by brakingnewsf1.blog.hu

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2005 - by blogsportbrasil.blogspot.com

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2006 - by blogs.diariodonordeste.com.br

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2007 - by Wikipedia

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2008 - Batida em Singapura - by telegraph.co.uk

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2008 - Nelsinho Piquet após a batida - by theguardian.com

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2009 - by Wikipedia

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2010 - by  Wikipedia

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2011 - by f1technical.net

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2012 - by Flickr

Equipe Red Bull de Fórmula 1 de 2014 - by Wikipedia

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2016 - by Wikipedia

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2017 - Flickr | Detalhes da licença
Criador: Artes Max

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2019 - by Flick

Renault F1, equipe histórica de Fórmula 1 de 2020 - by Wikipedia

Estatísticas da Renault

Grandes Prêmios 400 Pontos consquistados na F11777
Melhores Voltas 33 Maior tempo de equipe Fernando Alonso
Pole Positions 51 Mais fez Poles Fernando Alonso
Vitórias 35 Quem mais venceu Fernando Alonso
Pódios 103 Mais chegou ao pódioFernando Alonso
Titulos 2 Mais conquistou titulos Fernando Alonso